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terça-feira, 8 de março de 2011

O GUARANI, de José de Alencar

REVISÃO PARA TESTE DE REDAÇÃO – 1ª UNIDADE

RESUMO

Nos tempos da colonização, o fidalgo português D. Antônio de Mariz, descontente com o domínio espanhol, retira-se para a Serra dos Órgãos com sua família e vários agregados. Acolhe em sua morada Peri, por este ter salvado a vida de sua filha, Ceci. O índio passa a ser um protetor da jovem, por quem tem verdadeira adoração.

Nesse tempo, Loredano se infiltra no grupo de D. Antônio. Ele na verdade é Frei Ângelo, que renegou sua fé para ir à busca de uma mina de prata, cujo mapa roubou. Antes, pretende destruir o fidalgo, para apossar-se de Ceci. Seu maior desafeto é o cavaleiro Álvaro, que também ama Ceci. Prestigiado pelo fidalgo, este lhe promete a filha em casamento. Mas Ceci não o ama, e se empenha em aproximá-lo de Isabel, filha ilegítima de D. Antônio e apaixonada por Álvaro. Há no lugar uma grande tensão pela iminência de uma guerra com os Aimorés. D. Diogo, filho de D. Antônio, desastradamente assassina uma jovem Aimoré, filha do cacique. A família dela tenta se vingar em Ceci, mas Peri a salva, ocasionando a morte do pai e do irmão da jovem índia. A mãe consegue escapar, e denuncia o corrido a toda a tribo.

Loredano agrega vários comparsas e planeja um ataque a D. Antônio. Peri desbarata seus planos, e quando o bando do ex-frade se reorganiza para investir contra o grupo do fidalgo, os dois lados são surpreendidos pelo ataque dos Aimorés.

Durante a batalha, a animosidade entre os dois grupos arrefece, pela necessidade de todos se defenderem contra os índios. E se desfaz quando se descobre a verdadeira identidade de Loredano, que é queimado vivo numa fogueira.

Na guerra se destaca a bravura de Peri, e também a valentia de Álvaro. Mas este é ferido de morte, que causa tanto sofrimento a Isabel, a ponto de ela se suicidar. O ataque final dos Aimorés é fulminante, e dele só sobrevivem Peri e Ceci, que na simbologia do romance serão as sementes da nacionalidade brasileira.

COMENTÁRIOS

O Guarani é um dos principais livros de José de Alencar e também uma das obras mais conhecidas da nossa literatura. Alencar foi advogado, político, jornalista e dramaturgo, mas ficou mesmo eternizado como o grande escritor romântico da nossa literatura. José de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829, no Ceará. E morreu em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro.

Essa obra não segue uma narrativa linear; isto é, não segue uma sequência cronológica, apresenta várias idas e vindas no tempo. Na sucessão dos fatos, e não na ordem em que são narrados notamos que ao salvar a vida de Ceci, Peri recebe a gratidão de D. Antônio, que o convida para conviver com sua família; Loredano deixa de ser frade e integra o grupo de aventureiros de D. Antônio; Peri vai caçar uma onça e vê D. Diogo matando, sem querer, uma jovem índia; a família da índia fica sabendo de sua morte e, na tentativa de vingança, o pai e o irmão são mortos por Peri. Só a mãe consegue escapar; Na perseguição à índia, Peri vê Loredano e seus comparsas tramando contra D. Antônio; a mãe da jovem índia conta para a tribo o que aconteceu à sua família; no momento em que vai se dar o confronto entre os comparsas de Loredano e os aventureiros leais a D. Antônio, os Aimorés atacam a casa do fidalgo.

A história de O Guarani se passa entre 1603 e 1604, nas proximidades da recém-fundada cidade do Rio de Janeiro. Nessa época, o Brasil era dividido em capitanias cada uma tinha um governante, que distribuia os lotes chamados sesmarias. D. Antônio de Mariz recebeu uma sesmaria por importantes serviços prestados a Portugal.

No período do Brasil colônia, as mulheres ocuparam um lugar importantíssimo. Moças como Ceci eram alvo da cobiça de homens mal-intencionados como Loredano, pois mulheres brancas eram raras. O papel da mulher era cuidar dos afazeres domésticos e da criação dos filhos.

Um dos aspectos importantes na época da colonização era a religiosidade das pessoas. Por danificar um crucifixo e destruir um oratório, personagens como Loredano, Rui e Bento representavam o que havia de mais vil. A fé representava para a sociedade um dos alicerces, e o desrespeito por símbolos religiosos era um pecado imperdoável.

O Guarani é considerado um romance histórico pela presença de personagens da História do Brasil. Pode-se classificá-lo também como um romance indianista, voltado para a idealização heróica do nosso índio. Essa obra foi publicada 35 anos depois da Independência do Brasil. Nessa época com a criação de um herói eminentemente brasileiro se buscava uma afirmação da nossa nacionalidade.

As imagens a seguir foram extraídas da obra O Guarani em quadrinhos. E marcam momentos de grande tensão.

Ceci pede a Peri para ver uma onça viva. Peri vai à busca do animal para agradar Ceci, mas Aires Gomes mata a onça. D. Antônio resolve mandar Peri embora, pois acha que Peri é uma ameaça a segurança da sua família.

Peri se rende aos Aimorés para salvar a família de D. Antonio do ataque. Peri envenena seu corpo com curare para que os canibais, ao comerem seu corpo, morressem também. A índia que vigiava Peri se apaixona por ele e resolve soltá-lo, mas ele não aceita. Quando finalmente chega o momento de matar Peri, Álvaro o resgata. Peri vai a procura de uma erva para cortar o veneno que havia ingerido.

Álvaro organiza outra expedição arriscada durante a noite atrás de alimento na esperança de resistirem mais um pouco até que D. Diogo tivesse tempo de chegar com socorro, mas é ferido pelos Aimorés. Peri carrega o corpo de Álvaro até a casa de D. Antônio, todos pensam que ele já está morto. Isabel pede a Peri que leve o corpo do seu amado para o quarto dela para velá-lo.

Os Aimorés conseguem escalar os rochedos e chegam a casa de D. Antônio. Peri prepara um tronco de palmeira e manda D. Antônio fugir, mas o fidalgo diz que não pode abandonar sua casa, sua família e seus amigos. Ele pede a Peri para salvar Ceci e deixá-la no Rio de Janeiro com a tia. Peri sai pelos fundos da casa com Ceci nos braços.

Peri rema durante toda a noite sem descanso no Rio Paraíba, enquanto Ceci continua adormecida. Ao acordar ela fica sabendo que todos estão mortos. Peri diz a Ceci que irá levá-la para o Rio de Janeiro. Ceci pergunta se ele irá ficar com ela, mas ele diz que não se adaptaria na “taba dos brancos”. Então, Ceci resolve viver com Peri na floresta.

Profª Sandra Helena

8 DE MARÇO É DA MULHER

HISTÓRIA O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. As operárias desta época eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais. Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs. Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres.

MULHER

Você que busca no dia a dia sua

independência, sua liberdade, sua

identidade própria;

Você que luta profissional e

emocionalmente, para ser

valorizada e compreendida;

Você que a cada momento tenta ser a

companheira, a amiga, a "rainha do lar";

Você que batalha incansavelmente por seus

próprios direitos e também por um mundo

mais justo e por uma sociedade sem

violências;

Você que resiste aos sarcasmos daqueles

que a chamam de, pejorativamente, de

feminista liberal e que já ocupa um

espaço na fábrica, na escola, na

empresa e na política;

Você, eu, nós que temos a capacidade de

gerar outro ser, temos também o dever de

gerar alternativas para que a nossa Ação

criadora, realmente ajude outras

mulheres a conquistarem

a liberdade de Ser...

Ilsa da Luz Barbosa