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sábado, 20 de agosto de 2011

MACHADO DE ASSIS

(...) Assim são as páginas da vida,

como dizia meu filho quando fazia versos,

e acrescentava que as páginas vão

passando umas sobre as outras,

esquecidas apenas lidas.

"Suje-se Gordo!"

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis.

De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.

Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.

Aos 16 anos, publica em 12-01-1855 seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo.

Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre. Conhece o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor.

Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Além desse, escrevia também para a revista O Espelho (como crítico teatral, inicialmente), A Semana Ilustrada(onde, além do nome, usava o pseudônimo de Dr. Semana) e Jornal das Famílias.

Seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, onde aparece como tradutor. No ano de 1862 era censor teatral, cargo que não rendia qualquer remuneração, mas o possibilitava a ter acesso livre aos teatros. Nessa época, passa a colaborar em O Futuro, órgão sob a direção do irmão de sua futura esposa, Faustino Xavier de Novais.

Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas.

Em 1867, é nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial.

Agosto de 1869 marca a data da morte de seu amigo Faustino Xavier de Novais, e, menos de três meses depois, em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa época, o escritor era um típico homem de letras brasileiro bem sucedido, confortavelmente amparado por um cargo público e por um casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos clássicos portugueses e a vários autores da língua inglesa.

Sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.

Seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872. Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabiliza-se na carreira burocrática que seria o seu principal meio de subsistência durante toda sua vida.

No O Globo de então (1874), jornal de Quintino Bocaiúva, começa a publicar em folhetins o romance A mão e a luva. Escreveu crônicas, contos, poesias e romances para as revistas O Cruzeiro, A Estação e Revista Brasileira.

Sua primeira peça teatral é encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemoração do tricentenário de Camões, em festividades programadas pelo Real Gabinete Português de Leitura.

Na Gazeta de Notícias, no período de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores crônicas.

Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.

Publica, nesse ano, um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira.

Extraordinário contista, publica Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data (1884), Vária Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), e Relíquias da casa velha (1906).

Torna-se diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia, no ano de 1889.

Grande amigo do escritor paraense José Veríssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua redação promoviam reuniões os intelectuais que se identificaram com a idéia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princípio apoiou a idéia e compareceu às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.

É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.

Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."

BIBLIOGRAFIA:

Comédia

Desencantos, 1861.

Tu, só tu, puro amor, 1881.

Poesia

Crisálidas, 1864.

Falenas, 1870.

Americanas, 1875.

Poesias completas, 1901.

Romance

Ressurreição, 1872.

A mão e a luva, 1874.

Helena, 1876.

Iaiá Garcia, 1878.

Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.

Quincas Borba, 1891.

Dom Casmurro, 1899.

Esaú Jacó, 1904.

Memorial de Aires, 1908.

Conto:

Contos Fluminenses,1870.

Histórias da meia-noite, 1873.

Papéis avulsos, 1882.

Histórias sem data, 1884.

Várias histórias, 1896.

Páginas recolhidas, 1899.

Relíquias de casa velha, 1906.

Teatro

Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861

Desencantos, 1861

Hoje avental, amanhã luva, 1861.

O caminho da porta, 1862.

O protocolo, 1862.

Quase ministro, 1863.

Os deuses de casaca, 1865.

Tu, só tu, puro amor, 1881.

Algumas obras póstumas

Crítica, 1910.

Teatro coligido, 1910.

Outras relíquias, 1921.

Correspondência, 1932.

A semana, 1914/1937.

Páginas escolhidas, 1921.

Novas relíquias, 1932.

Crônicas, 1937.

Contos Fluminenses - 2º. volume, 1937.

Crítica literária, 1937.

Crítica teatral, 1937.

Histórias românticas, 1937.

Páginas esquecidas, 1939.

Casa velha, 1944.

Diálogos e reflexões de um relojoeiro, 1956.

Crônicas de Lélio, 1958.

Conto de escola, 2002.

Antologias

Obras completas (31 volumes), 1936.

Contos e crônicas, 1958.

Contos esparsos, 1966.

Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998

Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.

Seus trabalhos são constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido a adaptação de alguns textos para o cinema e a televisão.

FONTE: www.releituras.com/machadodeassis

sábado, 6 de agosto de 2011

Atividades dos contos de Machado de Assis

1. Considere as seguintes afirmações em relação ao conto "Almas agradecidas":

I. A "verdadeira amizade" de Magalhães por Oliveira serve de pretexto para que o primeiro roube a formosa e rica Cecília do amigo, garantindo assim sua riqueza material.

II. No final do conto, quando o narrador diz que Oliveira não mais frequentava a casa do amigo, mostra que houve ruptura entre ambos, que disputavam o amor da rica Cecília: "Oliveira não compareceu à festa com grande admiração de Vasconcelos e de D. Mariana, que não compreendiam essa indiferença da parte de um amigo."

III. O reencontro dos amigos de colégio, embora pareça, pode não ser casual.

Estão corretas:

a) I e III.

b) I e II.

c) II e III.

d) I.

e) II.

2. Em "Cantiga de esponsais", o narrador comenta:

"Parece que há duas sortes de vocação, as que têm língua e as que a não têm. As primeiras realizam-se; as últimas representam uma luta constante e estéril entre o impulso interior e a ausência de um modo de comunicação com os homens."

A frase do conto que melhor sintetiza esse drama vivido pelo protagonista é:

a) "se mestre Romão pudesse seria um grande compositor"

b) "Mestre Romão rege a festa!"

c) “tinha a vocação íntima da música"

d) “Sobre uma cadeira, ao pé, alguns papéis de música; nenhuma dele.”

e) "a vista do casal não lhe suprira a inspiração, e as notas seguintes não soavam."

3. Sobre "Conto de escola", assinale a alternativa incorreta:

a) O conto contrapõe as figuras de Policarpo e Raimundo, que podem ser entendidas, respectivamente, como representantes da ordem e da desordem.

b) O conto mostra a troca de favores entre o menino Raimundo e o narrador Pilar: o primeiro dá uma pratinha ao amigo, e esse, por sua vez, ensina-lhe as lições de sintaxe.

c) O fato de a narrativa se passar durante o período Regência torna possível uma analogia entre o enfraquecimento do poder central, na época, e os acordos que são feitos pelos meninos à revelia do professor Policarpo.

d) À semelhança de O ateneu, de Raul Pompeia, o narrador mostra como a escola, nos tempos do Império, não estava apta a lidar com as diferenças entre os indivíduos, sentindo-se por ela subjugado.

e) O narrador relembra o caso e explica porque a troca de favores, bem como o conhecimento da corrupção e da delação, foram essenciais para sua formação.

4. No conto "Felicidade pelo casamento", o narrador, João Aguiar, diz que era conhecido pela família primeiro como "idiota"; depois, como "poeta", pouco afeito às soluções práticas. Tomando como referência o desfecho da ação, é possível afirmar que:

a) Há ironia no caso porque, ao sair da província e ir para a Corte, o narrador não consegue concluir seus planos, confirmando a pecha familiar de ser errático e vacilante.

b) Há ironia no caso contado pelo narrador, já que ele mostra como o poeta conseguiu sair da província e se casar na Corte com Ângela de Magalhães, amealhando a fortuna da moça e desbancando o antigo pretendente, Azevedinho.

c) Há ironia no caso porque o narrador mostra-se esperto quando desbanca, sem qualquer traço de sadismo, o pretendente de Ângela, Azevedinho.

d) Nenhuma das anteriores.

e) Não há ironia no caso, já que o casal apaixonado que se forma ao final do conto, por Ângela e pelo narrador, confirma as vocações românticas deste último.

5. Leia o trecho abaixo:

"Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana". "Missa do galo", p. 99.

Em relação a esse trecho e ao sentido geral do conto, é possível afirmar que:

a) Não é possível saber exatamente o que se passou entre o jovem Nogueira e Conceição, mas a ideia do "teatro" pode ser estendida também a esses dois.

b) A narrativa mostra uma oposição entre Conceição e o marido, já que ela, ao contrário dele, decide não se envolver com o rapaz de dezessete anos em sua própria casa.

c) Nogueira resolve omitir do leitor os fatos mais importantes em relação à Conceição, já que ele também se valia do pretexto de ir ao "teatro".

d) A encenação do marido pode também ser estendida ao narrador, jovem de dezessete anos destinado à carreira eclesiástica.

e) "O eufemismo em ação" de Meneses mostra que o adultério é um comportamento compartilhado tanto pelo marido quanto por sua esposa.

6. (UFV) Sobre a narrativa machadiana "A cartomante", apenas não se pode afirmar que:

a) O desfecho de "A cartomante" é trágico e seus personagens, Vilela, Camilo e Rita, formam o típico triângulo amoroso de grande parte das obras do período realista.

b) A personagem Rita, ao concluir que "havia muita coisa misteriosa e verdadeira neste mundo", traduz vulgarmente a sentença de Hamlet, o famoso herói shakespeariano: "há mais coisa no céu e na terra do que sonha a nossa vã filosofia".

c) A personagem Rita mostra-se descrente em relação às premonições da cartomante, opondo-se ao comportamento de Camilo, extremamente supersticioso e obcecado por bruxarias.

d) A narrativa "A cartomante" retrata uma situação de adultério e confirma a tendência realista para destruir e ridicularizar o casamento romântico.

e) A ironia machadiana reflete-se, sobretudo, nos momentos finais do texto, pelo contraste entre as profecias otimistas da cartomante e o destino cruel dos amantes Rita e Camilo.

7. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo, referentes a certos contos machadianos:

I. "Hamlet observa a Horácio que há mais coisas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras". Esse trecho está na abertura de "A cartomante", conto que narra uma história de adultério com final trágico.

II. Em "Missa do galo", uma senhora de trinta anos e um jovem de dezessete, atraídos um pelo outro, encontram-se na noite de Natal para vingarem as traições do marido ausente.

III. Rita, d. Conceição e Evarista, assim como as demais personagens femininas dos contos machadianos, são apresentadas como vítimas inertes de uma estrutura social patriarcal e escravocrata.

Quais estão corretas?

a) Apenas II.

b) Apenas I.

c) Apenas III.

d) I, II e III.

e) Apenas I e III.

8. "Foi para estas almas corajosas e honradas que se fez a bem-aventurança". Assim termina o conto "Carolina", de Machado de Assis. Em relação a esse comentário do narrador e ao contexto geral do conto, é possível afirmar que:

a) Carolina continuou pobre porque não teve coragem de se unir a Fernando.

b) Carolina decidiu abandonar tudo e viver com Fernando, daí o comentário do narrador.

c) Carolina prefere manter as conveniências do casamento com o "velho opulento" e descarta Fernando, daí o comentário do narrador.

d) Nenhuma das anteriores.

e) Machado de Assis mostra a coragem da mulher que não se deixa guiar pelo sentimento, daí o comentário.

9. Assinale a alternativa correta sobre "O caso da vara":

a) O conto mostra que, apesar da escravidão, as boas ações ainda são possíveis.

b) O conto mostra como os protegidos de Sinhá Rita, a proprietária, eram bem-tratados por ela.

c) O conto mostra a mobilidade da consciência de Damião entre a ética e o interesse.

d) O conto evidencia as relações de proteção que se constroem em torno de João Carneiro, um grande proprietário.

e) Durante a narrativa, Sinhá Rita muda o tratamento dispensado às escravas.

10. (UFSCar-adaptada) O que sobressai na atividade criadora de Machado de Assis é:

a) A grande capacidade de inspiração, uma vez que a quantidade de romances que escreveu foi facilitada pela improvisação.

b) A minuciosa busca de soluções aperfeiçoadoras, que só conseguiu após inúmeros e continuados exercícios.

c) O equilíbrio entre o improviso, a inspiração e o artístico, que é demonstrado pelas obras de valor desigual.

d) Ter iniciado a carreira escrevendo romances realistas, convertendo-se, mais tarde, ao naturalismo.

e) A sinceridade com que manifesta, por linguagem desprovida de metáforas, em cada romance que escreveu, as várias fases de sua biografia.

11. Leia o texto abaixo, extraído do romance Esaú e Jacó, e responda ao que se pede.

"- Coisas futuras! Murmurou finalmente a cabocla.

- Mas, coisas feias?

- Oh! Não! Não! Coisas bonitas, coisas futuras!"

a) É possível estabelecer um paralelo entre a profecia que a cabocla faz à Natividade em relação aos gêmeos dos quais está grávida e a profecia que a cartomante faz a Camilo e Rita no conto "A cartomante"? Explique.

b) O que o autor mostra em relação às superstições e crendices, em ambos os casos?

12. Leia o trecho abaixo:

[...] Sinhá Rita pegou de uma vara que estava ao pé da marquesa, e ameaçou-a:

- Lucrécia, olha a vara!

A pequena abaixou a cabeça, aparando o golpe, mas o golpe não veio. [...] Damião reparou que tossia, mas para dentro, surdamente, a fim de não interromper a conversação."

"O caso da vara", p. 71.

Quais expressões, presentes neste trecho selecionado de "O caso da vara", revelam de forma sintética a situação dos escravos no Brasil do século XIX? Explique.

13. No conto "Missa do galo", Conceição, ao comentar com o jovem Nogueira os quadros que seu marido colocara na sala, afirma não gostar do de "Cleópatra", preferindo "a imagem de Nossa Senhora, que estava no oratório". Considerando essas informações, responda: qual a relação entre o quadro de Cleópatra e a vida do marido de Conceição? Por que Conceição afirma preferir a imagem da santa?

14. Na introdução que faz ao presente volume, intitulada "Murmúrios no espelho", Flávio Aguiar afirma que "como numa sábia gangorra, Machado oscila entre esse terror dos silêncios espaçados e o mundo das convenções organizadas (e por elas organizado)”.

a) Como cada um desses mundos aparece no "Conto de escola"?

b) É possível associar João Romão, da "Cantiga de esponsais", a essa oscilação de que fala Flávio Aguiar? Explique.

15. (FUVEST-SP) Em 1881 foram publicados dois romances importantes no Brasil, com os quais se inicia um novo movimento literário na prosa brasileira.

a) Quais são esses romances?

b) Com que movimento literário eles romperam?

16. Redija uma resenha que expresse suas opiniões e exponha seus argumentos sobre um dos contos da antologia de Machado de Assis.

Almas agradecidas

Conto de escola

Cantiga de esponsais

Longe dos olhos...

Carolina

O caso da vara

Felicidade pelo casamento

Um apólogo

A cartomante

Missa do galo