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domingo, 4 de dezembro de 2011

REFLEXÃO DE NATAL

O Natal não é apenas uma data festiva, é um modo de viver. 

O Natal é a expressão da caridade... 

E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai-e-vem constante... 

Natal é fraternidade... 

E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite sem luar, uma criança sem sorriso, uma estrela sem luz. 

Mas o Natal também é união... 

E a vida sem união é como um barco furado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim. 

E, finalmente, o Natal é pura expressão de amor... 

E a vida sem amor é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo. 

Viver sem a paz é como navegar sem bússola em noite escura... É desconhecer os caminhos que enaltecem a alma e dão sentido à vida. 

Enfim, a vida sem amor... Bem, a vida sem amor é mera ilusão. 

* * * 

Que este Natal seja, para você, mais que festas e troca de presentes... 

Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre, cuja passagem na Terra deu origem ao Natal...



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS

TEXTO DRAMÁTICO



Òo texto dramatizado se assemelha ao narrativo no tocante a vários aspectos, tais como: personagens, enredo, tempo e espaço. Entretanto,
ÒDiferença: no texto teatral, a interação entre os interlocutores é estabelecida por meio da própria representação, ora manifestada pelo discurso direto. Tal fato condiciona-se à ausência do próprio narrador, pois é mediante a desenvoltura dos próprios personagens que o enredo é paulatinamente retratado.
ÒOutro aspecto bastante peculiar reside na atribuição dada ao conflito, elemento primordial no gênero em questão. Em meio ao desenrolar do diálogo cria-se uma situação conflituosa caracterizada por uma oposição e uma luta de vontades entre os personagens, condicionando a plateia/leitor a criar uma expectativa em relação aos fatos presenciados ou lidos.
Ò Situamo-nos diante de uma considerável peça que constitui o cenário das artes cênicas, na qual o autor propõe-se a retratar temas universais. Revela estreita intimidade estabelecida entre as relações humanas e o divino.
ÒOutras características: a fala direta dos personagens, a presença de parênteses seguidos de seus respectivos enunciados linguísticos, caracterizados por rubricas, as quais descrevem os elementos que compõem a ação, como, atitude dos personagens, movimentação entre estes, postura corporal e demais procedimentos.

ÒNão podemos, aqui, deixar de mencionar acerca dos outros elementos que, juntamente com os personagens, colaboram para a concretude da arte em questão. Entre eles citamos: a música, arquitetura, pintura, a arte indumentária (o figurino), iluminação, o mobiliário usado na representação, maquiagem, sonoplastia e contrarregra.

SEMINÁRIO

ÒÉ a exposição oral de um tema, com apresentação de argumentos por um ou mais oradores, seguida de debate entre os participantes.

ÒOrganização: planejamento (tema, público-alvo, linguagem, abordagem, levantamento de informações, inclusão de dados e roteiro); preparação; apresentação .
RELATO


Òo caracterizamos como sendo um gênero no qual alguém conta fatos relacionados à sua vida, cuja função é registrar as experiências pessoais no intento de que estas possam servir como fonte de consulta ou aprendizado para outras pessoas. 

ÒSendo assim, para que o relato possa se tornar passível de constatação por várias pessoas, ele poderá ser gravado, seja em áudio ou vídeo e, posteriormente, ser transcrito e publicado por inúmeros meios de comunicação, dentre estes, jornais, revistas, livros, sites, entre outros, passando a se caracterizar com documentos históricos de notável importância.
Òo relato pode materializar-se pela oralidade, tendo como público expectador um ou mais ouvintes.

ABAIXO-ASSINADO

ÒÉ um tipo de solicitação coletiva feita em um documento para pedir algo de interesse comum a uma autoridade ou para manifestar apoio a alguém ou demonstrar queixa ou protesto coletivo.


MANIFESTO


ÒTexto de natureza dissertativapersuasiva, uma declaração pública de princípios e intenções, que objetiva alertar um problema ou fazer a denúncia pública de um problema que está ocorrendo,

ÒNormalmente de cunho político. Destina-se a declarar um ponto de vista, denunciar um problema ou convocar umacomunidade para uma determinada ação.
ÒEstrutura relativamente livre, mas com alguns elementos indispensáveis: título, identificação e análise do problema, argumentos que fundamentam o ponto de vista do(s) autor(es) do manifesto, local, data, assinaturas dos autores e simpatizantes da causa.

Características

ÒEstrutura de dissertação;
ÒTom de conclamação, convocação;
ÒPresença de vocativos;
ÒA linguagem pode variar, dependendo de alguns fatores: a quem o manifesto é dirigido? onde será divulgado? em jornal, rádio, televisão? Costuma-se preferir a linguagem formal, com verbos no presente do indicativo ou no imperativo;
ÒCorpo do texto: o problema é identificado e analisado, apresentando-se argumentos que validem o que se diz. Como o texto é de caráter argumentativo (pretende convencer o leitor de algo), deve-se recorrer a argumentos sólidos;
ÒLocal, data e assinaturas: tanto assinaturas das pessoas que participam na elaboração do texto como das que apóiam o que está sendo afirmado;
ÒTítulo: indica o conteúdo do manifesto;
ÒÉ diferente do abaixo assinado, pois não é uma reivindicação, mas uma declaração de intenções.

CARTA ABERTA


ÒCaracterizada como sendo um gênero textual de caráter argumentativo pertencente a uma pessoa ou até mesmo a um grupo, cujo objetivo é manifestar-se publicamente, revelando sua opinião ou reivindicando algo. Outro aspecto de total relevância é que, normalmente, ela é veiculada pelos órgãos de imprensa.


Quanto aos aspectos estruturais, o gênero em foco apresenta a seguinte estrutura:


• Um título: sua finalidade é revelar o destinatário, sendo que este pode ser amplo, como por exemplo, a sociedade como um todo.


• A introdução: consta-se de um trecho, geralmente atrativo, que enfatiza o problema a ser resolvido;


• O desenvolvimento: trata-se da exposição do assunto em si, pautado por argumentos concretos e passíveis de análise, visando a uma posterior solução;


• A conclusão: encerra todo o discurso, solicitando uma possível solução para o caso abordado.


Aula de redação (out/2011): profª sandra helena














domingo, 30 de outubro de 2011

INTERTEXTUALIDADE


}Pode-se definir a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir de um outro texto já existente .

}Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida.
}Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
}Sendo assim a Intertextualidade é a relação entre dois textos caracterizada por um citar o outro.

INTERTEXTUALIDADE NA PINTURA





Na pintura tem-se, por exemplo, o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio e a fotografia da americana Cindy Sherman, na qual quem posa é ela mesma. O quadro de Caravaggio foi pintado no final do século XVI, já o trabalho fotográfico de Cindy Sherman foi produzido quase quatrocentos anos mais tarde.
Na foto, Sherman cria o mesmo ambiente e a mesma atmosfera sensual da pintura, reunindo um conjunto de elementos: a coroa de flores na cabeça, o contraste entre claro e escuro, a sensualidade do ombro nu etc. A foto de Sherman é uma recriação do quadro de Caravaggio e, portanto, é um tipo de intertextualidade na pintura.



INTERTEXTUALIDADE NA PUBLICIDADE





Na publicidade, por exemplo, em um dos anúncios do Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa de Leonardo da Vinci e cujo slogan era "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima". Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e mais perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci).
Nesse caso pode-se dizer que a intertextualidade assume a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, esculturaliteratura etc).



INTERTEXTUALIDADE NA POESIA

Provérbios populares

“Uma boa noite de sono combate os males”
“Quem espera sempre alcança”
“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço"
“Pense, antes de agir”
“Devagar se vai longe”
“Quem semeia vento, colhe tempestade”


Bom Conselho

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

   (Chico Buarque, 1972)


Veja como Chico Buarque de Holanda, um dos mais importantes compositores brasileiros, utiliza a intertextualidade em uma canção sua.
Em "Bom Conselho", ele faz referências a provérbios populares.




TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE

}Epígrafe -  é um título ou frase curta, que, colocado no início de uma obra, serve como tema ou assunto para resumir ou introduzir a obra.
}Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas.
}Paráfrase - é a reprodução do texto do outro com a palavra do autor. Ela não se confunde com o plágio, pois o autor deixa claro sua intenção e a fonte.
}Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela perverte o texto anterior, visando a ironia ou a crítica.
}Pastiche - uma recorrência a um gênero. É definido como obra literária ou artística em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc.
}Tradução - a tradução está no campo da intertextualidade porque implica a recriação de um texto.
}Referência e alusão É uma comunicação sutil entre os textos, em que se nota apenas uma leve menção de outro texto ou a um compontente seu. Na alusão, não se aponta diretamente o fato em questão; apenas o sugere através de características secundárias ou metafóricas.

EXEMPLOS DE PARÓDIA

Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
 Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores.
Em  cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que disfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Gonçalves Dias


Paródia

Minha terra tem crianças
Onde nascem sem parar
As crianças que aqui nascem
Não têm lugar pra ficar

Nosso céu está escuro
Nossas margens, secas estão...
Nossos parques estão vazios,
Sem destino pra mudar...

Só de pensar, sozinho, à noite
Mais desgostoso fico de lá.
Minha terra tem crianças...
Sem lugar pra ficar;

Minha terra tem mais temores
Que tais não há como acabar
Só de pensar sozinho à noite,
Mais desgostoso fico de lá,
Minha terra tem crianças
Sem lugar pra ficar.

Não permita Deus, que eu parta,
Sem que eu veja tudo mudar;
Acabar os terrores...
Que não consiga deixar pra lá!
E sem que aviste as crianças
Com lugar pra ficar.

Alexsandra




















EXEMPLOS DE PARÁFRASE

Meus oito anos 
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Oswald de Andrade

De volta ao passado
Recordo com saudade, a minha infância
querida de meus tempo de menino
Que jamais esquecerei (...)
A praça que ficava ao lado da minha casa,
era área de lazer das crianças que ali
moravam, que por serem pobres não tinham opção.

                                      (P.F.J.)


POEMA DA PAZ

Autoria: Madre Teresa de Calcutá


O dia mais belo? Hoje.
A coisa mais fácil? Equivocar-se.
O obstáculo maior? O medo.
O erro maior? Abandonar-se.

A raiz de todos os males? O egoísmo.
A distração mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desalento.
Os melhores professores? As crianças.

A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais.
O mistério maior? A morte.
O pior defeito? O mau humor.

A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O sentimento pior? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
O mais imprescindível? O lar.

A estrada mais rápida? O caminho correto.
A sensação mais grata? A paz interior.
O resguardo mais eficaz? O sorriso.
O melhor remédio? O otimismo.

A maior satisfação? O dever cumprido.
A força mais potente do mundo? A fé.
As pessoas mais necessárias? Os pais.
A coisa mais bela de todas? O amor.


O poema da Vida

(paráfrase do poema Paz de Madre Tereza de Calcutá)

O dia mais belo: o momento presente
A coisa mais fácil: julgar
O maior obstáculo: o pessimismo
O maior erro: ignorar
A raiz de todos os males: a inveja
A distração mais bela: brincar com os filhos
A pior derrota: a frustração
Os melhores professores: os pais
A primeira necessidade: a saúde
O que traz felicidade: ajudar o próximo
O pior defeito: vandalismo
A pessoa mais perigosa: a invejosa
O pior sentimento: o ódio
O presente mais belo: a vida
O mais imprescindível: a liberdade
A rota mais rápida: o caminho até Deus
A sensação mais agradável: a alegria
A maior proteção afetiva: a amizade
O maior remédio: a força de vontade
A maior satisfação: o sonho realizado
A força mais potente do mundo: Deus
As pessoas mais necessárias: a família
A mais bela de todas as coisas: AMAR E SER AMADO.


   
Regina Célia Novaes Vieira Carvalho













EXEMPLOS DE INTERTEXTUALIDADE








AULA DE REDAÇÃO (OUT/2011): SANDRA HELENA