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domingo, 23 de janeiro de 2011

INTRODUÇÃO, TEMA E TÍTULO

Antes de começarmos a estudar a introdução, teremos que nos ater a dois aspectos muito importantes: o tema e o título:

Tema: É o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a ideia que será defendida ao longo da dissertação. Deve-se ter o tema como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele como parte da dissertação

Título: É uma expressão, geralmente curta e sem verbo, colocada antes da dissertação. Se não houver verbo no título, não se usa ponto final. Não se deve pular linha depois do título. A colocação de letras maiúsculas em todas as palavras, menos artigos, preposições e conjunções, é facultativa.

Apesar de o título ser importante para uma dissertação, julgo ser também perigoso, pois, como o estudante não está acostumado a dissertar, pode equivocar-se e dar um título que não corresponda ao âmago da redação. Portanto acredito que o ideal seria colocar título apenas quando o vestibular o exigir.

Introdução: A Introdução é a informação do assunto sobre o qual a dissertação tratará. O parágrafo introdutório é fundamental. precisa ser bem claro e chamar a atenção para os tópicos mais importantes do desenvolvimento.

Maneiras de se elaborar a introdução: O primeiro parágrafo da redação pode ser feito de diversas maneiras diferentes:

01) Trajetória histórica:

Traçar a trajetória histórica é apresentar uma analogia entre elementos do passado e do presente. Já que uma analogia será apresentada, então os elementos devem ser similares; há de haver semelhança entre os argumentos apresentados, ou seja, só usaremos a trajetória histórica, quando houver um fato no passado que seja comparável, de alguma maneira, a outro no presente.

Quando apresentar a trajetória histórica na introdução, deve-se discutir, no desenvolvimento, cada elemento em um só parágrafo. Não misture elementos de épocas diferentes em um mesmo parágrafo. A trajetória histórica torna convincente a exemplificação; só se deve usar esse argumento, se houver conhecimento que legitime a fonte histórica.

02) Comparando social, geográfica ou historicamente.

Também é apresentar uma analogia entre elementos, porém sem buscar no passado a argumentação. É comparar dois países, dois fatos, duas personagens, enfim, comparar dois elementos, para comprovar o tema.

Lembre-se de que se trata da introdução, portanto a comparação apenas será apresentada para, no desenvolvimento, ser discutido cada elemento da comparação em um parágrafo.

03) Conceituando ou definindo uma idéia ou situação.

Em alguns temas de dissertação surgem palavras-chave de extrema importância para a argumentação. Nesses casos, pode-se iniciar a redação com a definição dessa palavra, com o significado dela, para, posteriormente, no desenvolvimento, trabalhar com exemplos de comprovação.

04) Contestando uma ideia ou citação, contradizendo, em partes.

Quando o tema apresenta uma ideia com a qual não se concorda inteiramente, pode-se trabalhar com este método: concordar com o tema, em partes, ou seja, argumentar que a ideia do tema é verdadeira, mas que existem controvérsias; discutir que o assunto do tema é polêmico, que há elementos que o comprovem, e elementos que discordem dele, igualmente.

Não se esqueça de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introdução, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse método, o desenvolvimento deve conter as duas comprovações, cada uma em um parágrafo.

05) Refutando o tema, contradizendo totalmente.

Refutar significa rebater os argumentos; contestar as asserções; não concordar com algo; reprovar; ser contrário a algo; contrariar com provas; desmentir; negar. Portanto refutar o tema é escrever, na introdução, o contrário do que foi apresentado pelo tema. Deve-se tomar muito cuidado, pois não é só escrever o contrário, mas mostrar que se é contra o que está escrito. O ideal, nesse caso, é iniciar a introdução com Ao contrário do que se acredita...

Não se esqueça, novamente, de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introdução, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse método, o desenvolvimento deve conter apenas elementos contrários ao tema. Cuidado para não cair em contradição. Se for, na introdução, favorável ao tema, apresente, no desenvolvimento, apenas elementos favoráveis a ele; se for contrário, apresente apenas elementos contrários.

06) Elaborando uma série de interrogações.

Pode-se iniciar a redação com uma série de perguntas. Porém, cuidado! Devem ser perguntas que levem a questionamentos e reflexões, e não perguntas vazias que levem a nada ou apenas a respostas genéricas. As perguntas devem ser respondidas, no desenvolvimento, com argumentações coerentes e importantes, cada uma em um parágrafo. Portanto use esse método apenas quando já possuir as respostas, ou seja, escolha primeiramente os argumentos que serão utilizados no desenvolvimento e elabore perguntas sobre eles, para funcionar como introdução da dissertação.

07) Transformando a introdução em uma pergunta.

O mesmo que a anterior, mas com apenas uma pergunta.

08) Elaborando uma enumeração de informações.

Quando se tem certeza de que as informações são verídicas, podem-se usá-las na introdução e, depois, discuti-las, uma a uma, no desenvolvimento.

09) Caracterizando espaços ou aspectos.

Pode-se iniciar a introdução com uma descrição de lugares ou de épocas, ou ainda com uma narração de fatos. Deve ser uma curta descrição ou narração, somente para iniciar a redação de maneira interessante, curiosa. Não se empolgue!! Não transforme a dissertação em descrição, muito menos em narração.

10) Resumo do que será apresentado no desenvolvimento.

Uma das maneiras mais fáceis de se elaborar a introdução é apresentar o resumo do que se vai discutir no desenvolvimento. Nesse caso, é necessário planejar cuidadosamente a redação toda, antes de começá-la, pois, na introdução, serão apresentados os tópicos a serem discutidos no desenvolvimento. Deve-se tomar o cuidado para não se apresentarem muitos tópicos, senão a dissertação será somente expositiva e não argumentativa. Cada tópico apresentado na introdução deve ser discutido no desenvolvimento em um parágrafo inteiro. Não se devem misturá-los em um parágrafo só, nem utilizar dois ou mais parágrafos, para se discutir um mesmo assunto. O ideal é que sejam apresentados somente dois ou três temas para discussão.

11) Paráfrase.

A maneira mais fácil de se elaborar a introdução é valendo-se da paráfrase, que consiste em reescrever o tema, utilizando suas próprias palavras. Deve- se tomar o cuidado, para não apenas se substituírem as palavras do tema por sinônimos, pois isso será demonstração de falta de criatividade; o melhor é reestruturar totalmente o tema, realmente utilizando "SUAS" palavras. Observe o que traz o Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, quanto à definição da palavra paráfrase: Explicação ou tradução mais desenvolvida de um texto por meio de palavras diferentes das nele empregadas. Portanto sua frase deve ser mais desenvolvida que a frase apresentada como tema, e as palavras devem ser diferentes, e não sinônimas.

Frases-modelo, para o início da introdução:

Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar a introdução. Não tomem estas frases como receita infalível. Antes de usá-las, analise bem o tema, planeje incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligência, para ter certeza daquilo que será incluso em sua dissertação. Só depois disso, use estas frases:

É de conhecimento geral que ...

Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa- se ...

Nesse caso, utilizei circunstância de lugar (em nosso país) e de tempo (há tempos). Isso é só para mostrar que é possível acrescentar circunstância divesas na introdução, não necessariamente estas que aqui estão. Outro elemento com o qual se deve tomar muito cuidado é o pronome se. Nesse caso, ele é partícula apassivadora, portanto o verbo deverá concordar com o elemento que vier à frente (sing. ou pl.)

Cogita-se, com muita frequência, de ...

O mesmo raciocínio da anterior, agora com a circunstância de modo (com muita frequência).

Muito se tem discutido, recentemente, acerca de ...

Muito se debate, hoje em dia, ...

Partícula apassivadora novamente. Cuidado com a concordância.

O (A) ..... é de fundamental importância em ....

É de fundamental importância o (a) ....

É indiscutível que ... / É inegável que ...

Muito se discute a importância de ...

Comenta-se, com frequência, a respeito de ...

Não raro, toma-se conhecimento, por meio de ..., de

Apesar de muitos acreditarem que .... (refutação)

Ao contrário do que muitos acreditam ... (refutação)

Pode-se afirmar que, em razão de ...( devido a, pelo ) ...

Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se descobrir as causas de ....

Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual ...

Ao analisar o (a, os, as) ... , é possível conhecer o (a, os, as) .... , pois ...

FONTE: http://www.coladaweb.com

PARA FAZER UMA BOA REDAÇÃO É PRECISO...

1. Manter-se atualizado em relação aos grandes problemas brasileiros (sociais, políticos, culturais, ambientais etc.), lendo revistas e jornais. Só assim você enriquecerá seu repertório de informações e argumentos para opinar, de forma consistente, sobre o tema proposto.

2. Procurar conhecer o modelo de redação do ENEM, tomando contato com as propostas dos exames anteriores e, se possível, desenvolver essas propostas a título de exercício. Pedir que seu professor de língua portuguesa avalie seu desempenho.

3. Na hora da prova, ler com a máxima atenção a proposta apresentada, procurando entender o que dizem os textos que a compõem. Lembre-se de que esses textos não podem ser ignorados no desenvolvimento de sua redação.

4. Ao desenvolver seu texto, você deve fazê-lo por meio de uma dissertação argumentativa e não de uma narração. Evite escrever em forma de diálogo.

5. Usar a língua escrita culta, ou, em outras palavras, o português escrito padrão. Evitar, pois, a linguagem popular ou a gíria.

6. Ao redigir seu texto, além de expor informações e argumentos, procurar se posicionar diante da situação-problema presente na proposta.

7. Fazer antes um rascunho e, na hora de passar a limpo seu texto, proceder a uma boa revisão.

8. Desenvolver seu texto com coerência e de forma bem articulada. Esses dois aspectos também serão avaliados e receberão nota.

9. Não esquecer de incluir em seu projeto de texto uma proposta de solução para o problema tratado no texto, conforme recomenda a competência 5.

10. Escrever no mínimo 15 linhas e usar uma letra legível.

Fonte: ENEM

DEZ DICAS RÁPIDAS PARA FAZER UMA BOA REDAÇÃO

1) Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.

2) Na dissertação, não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.

3) Uma redação “brilhante” mas que fuja totalmente ao tema proposto será anulada.

4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta.

5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.

6) Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.

7) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.

8 ) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita.

9) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.

10) Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

FONTE:http://falabonito.wordpress.com

MODELO DE REDAÇÃO PARA VESTIBULAR

As redações para vestibulares abordam muitas vezes temas recentes, ou a relação que os escritos têm de fazer com o passado e o futuro. Como sempre é dado um tema para o candidato da prova e em cima dele o escritor coloca todo seu talento, seu conhecimento, seu aprendizado e sua sabedoria. A redação realizada num vestibular tem que ser muito bem elaborada, pois ela é praticamente metade da nota da avaliação que você realizou. Um vestibular é coisa séria e decide sua vida futura. Na redação é importante ter a introdução, desenvolvimento e conclusão. Que são realmente base para um bom texto. A introdução não pode ser muito grande, pois ficará muito cansativa para o leitor, sem contar que ficará muito grande o texto, o que não é muito favorável. Na introdução você deve falar sobre o que será debatido, enfim, o assunto que será tratado. Já o desenvolvimento precisa ser bem elaborado, é a maior parte do texto. Deve ser escrito de forma clara e objetiva. É importante prestar a atenção nos acentos, pois a redação é muito importante. A letra deve ser bastante legível, pois eles querem que você faça o seu melhor. Para finalizar você terá que fazer um bom parágrafo, porém não faça nenhum resumo do texto, e nem escreva Finalizando, conclusão, ou algo semelhante. O texto não pode ser muito repetitivo, tente se expressar o melhor possível. Procure reler o texto, para ver se não há nada de errado. Veja se a informação é coerente ao titulo, se é realmente aquilo que estão pedindo. A dica é você ler e assistir bastante jornal, pois nos vestibulares cai muito assunto da atualidade, a internet também pode auxiliar muito nessa questão, procure informações do Brasil e também do exterior, você precisa saber falar bastante do assunto. No resumo você pode idealizar bastante o texto antes de escrever, para ter noção de tudo que vai escrever, para não voltar ao assunto. A pontuação também é algo de extrema importância, fique atento, principalmente com a nova regra, em breve começará a ser utilizada. Fazer cursinho pode ser uma boa alternativa. Então estude bastante e se interaja nas provas anteriores para estar por dentro das novidades dos vestibulares por aí.

FONTE:http://007blog.net

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

GÊNEROS HUMORÍSTICOS

Cartum

Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma bastante sintetizada algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade.

O termo é de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na década de 1840, quando a revista Punch publicou uma série de charges que parodiavam estudos para os frescos do Palácio de Westminster, adaptados para satirizar acontecimentos da política contemporânea. O significado original da palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é muito utilizada nas artes plásticas.

Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de comédia e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual.

Charge

Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores.

O termo charge vem do francês charger que significa carga, exagero ou, até mesmo ataque violento (carga de cavalaria). Isto significa aqui uma representação pirctográfica de caráter, como diz no primeiro parágrafo, burlesco e de caricaturas. É o cartoon, mas que satiriza um certo fato, como idéia, acontecimento, situação ou pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter político que seja de conhecimento do público.

As charges foram criadas no princípio do século XIX (dezenove), por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos (principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população, fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje em dia.

Coronel Secundino, prefeito de uma pequena cidade do Norte, foi convidado a uma recepção elegante, com direito a black-tie e RVSP, na casa de um rico empresário que pretendia montar uma fábrica no seu Estado.A festa se desenrolava na maior elegância,mulheres lindas de longos e joias faiscantes, homens de fraque e plastron, Buffet de primeiríssima, garçons amáveis e atentos. O Coronel compenetrado, fazendo esforço para não cometer nenhuma garfe. Chegou o garçom, solicito, ofereceu ao coronel caviar e pão.

- Q’e diabo é isso,menino?

- São ovas de peixe, doutor.

E o coronel,sem perder a empáfia:

- Antão frita dois prá mim.

Anedota

Uma piada ou anedota é uma breve história, de final engraçado e, às vezes, surpreendente, cujo objetivo é provocar risos ou gargalhadas em quem a ouve ou lê. É um recurso humorístico utilizado na comédia e também na vida cotidiana.

FONTE:http://pt.wikipedia.org

Estrutura do texto dissertativo

O texto dissertativo é composto por três partes essenciais:

- Introdução:

É um bom início de texto que desperta no leitor vontade de continuar a lê-lo. Na introdução é que se define o que será dito, e é nessa parte que o escritor deve mostrar para o leitor que seu texto merece atenção.

O assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira clara, existem assuntos que abrem espaço para definições, citações, perguntas, exposição de ponto de vista oposto, comparações, descrição.

A introdução pode apresentar uma:

- Afirmação geral sobre o assunto
- Consideração do tipo histórico-filosófico
- Citação
- Comparação
- Uma ou mais perguntas
- Narração

Além destes, outras introduções podem ser empregados de acordo com quem escreve.


- Desenvolvimento:

Na dissertação a persuasão aparece de forma explícita, essa se faz presente no desenvolvimento do texto. É nesse momento que o escritor desenvolve o tema, seja através de argumentação por citação, comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua posição a respeito do que está sendo discutido.

O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras, dependerá das propostas do texto e das informações disponíveis.

- Conclusão:

A conclusão é a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que já foi dito, cabe também a essa parte responder à questão proposta inicialmente, expondo uma avaliação final do assunto.

ORIENTAÇÕES PARA MONTAR UM TRABALHO (ESCRITO)

1. CAPA: é embalagem do trabalho que serve para proteger e identificar de forma básica o trabalho. A capa do trabalho é obrigatória e deve conter os seguintes itens: (1 folha / tudo em CAIXA ALTA)

Nome da escola
Nome do aluno/número/turma
Nome do professor/disciplina
Título
Subtítulo (caso exista)
Lugar onde o trabalho será apresentado
Ano da entrega do trabalho

2. FOLHA DE ROSTO: é a página que contém os elementos fundamentais para identificação do trabalho. Essa parte é obrigatória e deve conter as seguintes informações: (1 folha)

Título (deve ser direto e deve expressar exatamente o conteúdo da pesquisa)
Subtítulo (se existir)

3. SUMÁRIO: é um item obrigatório e é composto através de enumeração, divisões, seções e demais partes do trabalho, na mesma ordem como aparecem.

4. INTRODUÇÃO: deve versar brevemente sobre o assunto do trabalho e delimitar os objetivos da pesquisa e as demais informações para informar ao leitor o que ele encontrará nas próximas páginas.

5. DESENVOLVIMENTO OU CORPO DO TRABALHO: é o centro do trabalho onde é apresentado de modo detalhado o assunto da pesquisa de forma ordenada e dividido em capítulos e sub capítulos. Varia conforme o tema utilizado. (No máximo 10 folhas)

6. CONCLUSÃO: é o encerramento do trabalho, fecha o trabalho fazendo referências para o que foi o objetivo do trabalho. Mostra o que foi alcançado e como.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: é um item obrigatório e contém o conjunto de informações retiradas dos materiais consultados.

OBS. Digitar e encadernar a pesquisa. Fonte Arial 12.
Margens: esquerda 3 cm; direita 2 cm; superior e inferior 2 cm.
Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

O MODO DE FALAR DO BRASILEIRO

Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.

1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;

2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;

3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.

Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo.

Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.

Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.

Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.

Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.

Simplificação da concordância: as menina/as meninas.

Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas moças.

Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós pegamos “ele” na hora.

Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também).

Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.

Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.

Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.

Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.

Variações regionais: os sotaques

Se você fizer um levantamento dos nomes que as pessoas usam para a palavra "diabo", talvez se surpreenda. Muita gente não gosta de falar tal palavra, pois acreditam que há o perigo de evocá-lo, isto é, de que o demônio apareça. Alguns desses nomes aparecem em o "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa, que traz uma linguagem muito característica do sertão centro-oeste do Brasil:

Demo, Demônio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo, Tinhoso, Maligno, Tal, Arrenegado, Cão, Cramunhão, O Indivíduo, O Galhardo, O pé-de-pato, O Sujo, O Homem, O Tisnado, O Coxo, O Temba, O Azarape, O Coisa-ruim, O Mafarro, O Pé-preto, O Canho, O Duba-dubá, O Rapaz, O Tristonho, O Não-sei-que-diga, O Que-nunca-se-ri, O sem gracejos, Pai do Mal, Terdeiro, Quem que não existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo.

Drummond de Andrade, grande escritor brasileiro, que elabora seu texto a partir de uma variação linguística relacionada ao vocabulário usado em uma determinada época no Brasil.

Antigamente

"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Como escreveríamos o texto acima em um português de hoje, do século 21? Toda língua muda com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, já transformado, veio o português, que, por sua vez, hoje é muito diferente daquele que era usado na época medieval.

Língua e status

Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para percebers que há preconceito em relação a elas.

Veja este texto de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino, que fala do assunto:

O Poeta da Roça

Sou fio das mata, canto da mão grossa,

Trabáio na roça, de inverno e de estio.

A minha chupana é tapada de barro,

Só fumo cigarro de paia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé

De argun menestré, ou errante cantô

Que veve vagando, com sua viola,

Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,

Apenas eu sei o meu nome assiná.

Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,

E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastero, singelo e sem graça,

Não entra na praça, no rico salão,

Meu verso só entra no campo e na roça

Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

(...)

Você acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia? Patativa do Assaré era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.

Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira".

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados.

Uma certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades linguísticas dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações linguísticas por considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a partir do preconceito linguístico.

FONTE: http://educacao.uol.com.br

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ESQUEMA TEXTUAL

O QUE É TEXTO?

TEXTO VEM DO LATIM “TEXTU” QUE SIGNIFICA TECIDO.
PALAVRAS = FRASES = PERÍODOS = PARÁGRAFOS

FORMAS: ESCRITO, GRÁFICO OU FÔNICO

TEXTUALIDADE É O CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS RESPONSÁVEIS POR CARACTERIZAR UMA DADA CONFIGURAÇÃO LINGÜÍSTICA COMO TEXTO.

PROPRIEDADES DA TEXTUALIDADE

•SENTIDO PRAGMÁTICO: Função comunicativa
•SENTIDO SEMÂNTICO: Coerência
•SENTIDO FORMAL: Coesão

COESÃO: Relação entre as palavras e frases de um texto. É essa relação, essa conexão que distingue um texto de um amontoado de palavras ou frases; encadeamento linear das unidades lingüísticas presentes no texto.

COERÊNCIA: Relação estabelecida entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. Diz respeito à não-contradição de sentidos entre passagens do texto.


SEGUNDO BEAUGRANDE E DRESSLER (1983) Há 7 fatores responsáveis pela textualidade distribuídos EM 2 GRUPOS:

G 1 – Os que se relacionam com o material lingUístico e conceitual (coesão e coerência);
G 2 – Os que se relacionam com fatores pragmáticos e são de natureza social: intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade).

PROPRIEDADES CENTRADAS NOS ASPECTOS LINGUISTICOS DO TEXTO

1 - COESÃO: Promove a inter-relação semântica entre os elementos textuais.

REPETIÇÃO: Retomada de elementos no discurso. Presença de elementos constantes. Seqüência de assuntos diferentes = não-texto.

RELAÇÃO: Fatos e conceitos devem estar relacionados.


2 – COERÊNCIA: Dá ao texto a condição de interpretabilidade; confere ao texto uma unidade de sentido dos elementos lingüísticos do mesmo.

PROGRESSÃO: Acréscimo de informações ditas. Permite que o texto “caminhe”; complementa a repetição.

NÃO-CONTRADIÇÃO: Um texto coerente não deve ter elementos que contradigam um aspecto já colocado. (CONTRADIÇÃO x CONTRASTE)


PROPRIEDADE CENTRADA NOS INTERLOCUTORES

Há dois fatores que são a natureza interativa da comunicação verbal:

INTENCIONALIDADE: (Centra-se no emissor)

ACEITABILIDADE: (Centra-se no receptor)



PROPRIEDADE CENTRADA NA SITUAÇÃO

SITUACIONALIDADE: Elementos contextuais que favorecem a comunicação: espaço geográfico, o tempo, as relações existentes entre os interlocutores, o grau de conhecimento, etc.



PROPRIEDADE CENTRADA NA RELAÇÃO DO TEXTO COM OUTROS TEXTOS PRÉVIOS

INTERTEXTUALIDADE: Nenhum texto é autêntico. Todos são intertextos. Partem de informações, crenças, conceitos contidos em textos prévios.



PROPRIEDADE CENTRADA NO CARÁTER INFORMATIVO DO TEXTO


INFORMATIVIDADE: Interesse do receptor pelo texto depende do grau de informatividade de que ele seja portador. Nível mediano de informatividade é o ideal.

FONTE:FADEPE

MODELO DE FICHA PARA ANÁLISE DA OBRA

1.IDENTIFICAÇÃO

AUTOR
OBRA
EDIÇÃO

2.PESQUISA (PESQUISAR PONTOS RELEVANTES SOBRE A VIDA E OBRA DO AUTOR)

3.ESTRUTURA DA OBRA

3.1.ENREDO (fatos ligados entre si que fundamentam a ação do texto narrativo)

a)RESUMO (redigir um texto relatando a situação inicial apresentada, o desenvolvimento do conflito e, finalizando, a solução do conflito)

b)TEMÁTICA (principal acontecimento em torno do qual gira o enredo, abordagem, o conflito central)

c)CLÍMAX (ponto de maior tensão na narrativa que antecede o desfecho)

d)DESFECHO (fim do enredo, conclusão, solução do conflito)

e)JUSTIFICATIVA (explicar a relação entre o título e o enredo, razão de ter recebido determinado título)

3.2.PERSONAGENS

a)PROTAGONISTA (S)

b)SECUNDÁRIOS

1ª ORDEM (ligados diretamente aos fatos relativos ao (s) protagonista (s)

2ª ORDEM (não estão ligados diretamente ao(s) protagonista(s)

3.3.ESPAÇO FÍSICO (lugar em que a narrativa ocorre)

3.4.TEMPO

a)CRONOLÓGICO (tempo real, ordem linear dos fatos)

b)PSICOLÓGICO (tempo mental)

•No tempo psicológico aplicá-se a técnica do flash-back que consiste em voltar no tempo.


3.5.AÇÃO (numerar a sucessão de fatos de um capítulo ou do enredo completo)

3.6.FOCO NARRATIVO

a)NARRADOR PERSONAGEM (o narrador narra e participa – narrativa em 1ª pessoa)

b)NARRADOR OBSERVADOR OU ONISCIENTE (apenas narra como mero observador – narrativa em 3ª pessoa)

3.7.DISCURSO

a)DIRETO (o narrador introduz o personagem com um verbo de elocução e termina a frase com dois pontos. Em seguida, inicia um novo parágrafo com travessão, seguido da fala do personagem ou continua na mesma linha utilizando aspas para delimitar a fala do personagem.)

b)INDIRETO (o narrador transcreve a fala do personagem)

c)INDIRETO LIVRE (fusão da fala do narrador com a do personagem)

•Identificar na obra exemplos dos discursos mencionados acima e citar um de cada.


3.8.ESTILO

a)Observar o que predomina na obra: diálogos, narrações, descrições. Justifique sua resposta.

b)Verossimilhança (relacionar fatos da obra que parecem verdadeiros, prováveis)


4. AVALIAÇÃO DO LEITOR (conclusão pessoal a respeito do autor a da obra analisada. Justifique a sua resposta.)

Profª Sandra Helena Amaral

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

COMO INICIAR UM TEXTO DISSERTATIVO

O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. No momento vamos comentar como iniciar o texto dissertativo que parece mais difícil para algumas pessoas.

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.

Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.



É na introdução que se apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a ideia principal do texto.

Podemos iniciar nossa dissertação usando os seguintes tipos de tese:

1. Tipos de tese Conceituando (definindo) algo (um processo, uma idéia, uma situação) É a forma mais comum de começar.

Ex.: "Violência é toda ação marginal que nos atinge de maneira irreversível: um tiro que se nos é dado, um assalto sem que esperemos, nosso amigo ou conhecido que perde a vida inesperadamente através de ações inomináveis..."


2. Apresentando dados estatísticos sobre o assunto enfocado pelo tema.

Ex.: "Hoje, nas grandes cidades brasileiras, não existe sequer um indivíduo que não tenha sido vítima de violência: 48% das pessoas já foram molestadas, 31% tiveram algum bem pessoal furtado, 15% já se defrontaram com um assaltante dentro de casa, 2% presenciaram assalto a ônibus..."

Este tipo de tese não é aconselhável se não se mesclar a direcionamento argumentativo.


3. Fazendo uso de linguagem metafórica ou figurativa. Esta tese é utilizada basicamente em redações dissertativas de cunho reflexivo:

Ex.: "Sorteio de vagas na educação... triste Brasil! Tristes e desamparadas criaturas que transformam-se em números sem particularidade individual e acabam, como num bingo do analfabetismo, preenchendo cartelas da ignorância. Triste Brasil que em vez de fazer florescer intelectos, faz gerar o desconsolo e o descontentamento, impede o progresso intelectual e faz ressaltar a maior das misérias: a marginalidade que se cria fora do saber."


4. Narrando, através de flashes, acontecimentos, ações Narrando. Bem conduzida, esta sequência integra apenas o parágrafo introdutório. Não se desvie da dissertação introduzida dessa forma. O perigo é, sob pressão, continuar a narração.

Ex.: "Durante nove meses, agentes do serviço secreto da presidência da República realizaram gravações .. clandestinas na rede de telefones usada pelas diretorias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro do Rio de Janeiro. Por mais de 30 semanas, os espiões da Abin, Agência Brasileira de Inteligência, gravaram conversas do presidente Fernando Henrique Cardoso, de ministros, dirigentes estatais e empresários. Depois se soube a divulgação parcial dessas fitas detonou uma crise política e acabou na demissão do então ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros."

OBS. Lembre-se que tudo é uma prática. Quanto mais você exercitar mais facilidade terá na hora de produzir seu texto.

FONTE: http://www.mundovestibular.com.br

domingo, 9 de janeiro de 2011

AS DISTINTAS FORMAS DE INTERTEXTUALIDADE

Todas as vezes em que ressaltamos sobre a intertextualidade, nos remetemos ao conceito das diferentes “vozes” expressas em um discurso. Se pararmos para analisar, constataremos que as relações intertextuais se encontram presentes nas mais diversas situações comunicativas que perfazem nosso cotidiano. A título de ilustração, focaremos no caso das charges, nas quais a finalidade discursiva se pauta por evidenciar um problema polêmico, quase sempre relacionado a fatos sociais, sobretudo oriundos da política como um todo. Assim sendo, de acordo com nosso conhecimento de mundo, é possível que não tenhamos dificuldade em decodificar o discurso ora evidenciado. Até mesmo em se tratando de conversas informais, evidências atestam que vez ou outra intertextualizamos um pensamento, um provérbio e até mesmo uma frase anteriormente dita por outrem.

Uma vez de posse do conhecimento acerca de sua recorrente manifestação, relevante é nos atermos às distintas formas pelas quais a intertextualidade se materializa, às vezes por meio de um diálogo explícito, ou por aquele “sutilmente” subentendido:

Paráfrase - Muito presente em textos literários, a paráfrase se revela por ser uma recriação que, embora expressa por outras palavras, mantém a ideia retratada pelo texto-base (original) intacta.

Exemplos permitem-nos compreendê-la:

Texto Original

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paráfrase

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!

(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).


Paródia – Consiste também em uma recriação, todavia, a intencionalidade discursiva pauta-se por criticar e ironizar a ideia contida no texto original, muitas vezes sob um tom jocoso. Como fator de extrema relevância, voltemos ao exemplo das charges, ora manifestadas por uma intensa crítica. Perfeitamente compreensível em:

Texto Original

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paródia

Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.

(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).


Epígrafe – Trata-se de um pensamento filosófico, dito por importantes figuras muito bem representadas no decurso da história, materializado muitas vezes por meio de trabalhos científicos, tais como monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado. De modo a evidenciá-los, temos:

O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Albert Einstein

Em todas as coisas o sucesso depende de uma preparação prévia, e sem tal preparação o falhanço é certo. Confúcio


Citação – Revela-se pela transcrição demarcada entre aspas ou até mesmo por meio de outros recursos, de um texto, um poema, uma vez que se trata de uma autoria alheia. Exemplificado em:

Procura da poesia

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
{...}

Carlos Drummond de Andrade


Tradução – Como literalmente retrata o conceito, trata-se de uma recriação, razão pela qual se enquadra na modalidade em referência, uma vez exemplificada em:

“Kennst du das Land, wo die Citronen blühn,
Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühn,
Kennst du es woh? – Dahin, dahin!
Möcht’ich... Ziehn.”
Goethe

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias


Referência e alusão – Estão relacionadas ao fato de o emissor, mediante a interlocução, referir-se a alguém importante, a uma obra literária, a um fato histórico, entre outros. Representando tal aspecto, citamos o célebre Machado de Assis, que em sua obra “Dom Casmurro”, cita Otelo, personagem Shakespeariano.

FONTE:http://www.mundoeducacao.com.br

ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

O texto dissertativo é composto por três partes essenciais:

- Introdução:

É um bom início de texto que desperta no leitor vontade de continuar a lê-lo. Na introdução é que se define o que será dito, e é nessa parte que o escritor deve mostrar para o leitor que seu texto merece atenção.

O assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira clara, existem assuntos que abrem espaço para definições, citações, perguntas, exposição de ponto de vista oposto, comparações, descrição.

A introdução pode apresentar uma:

- Afirmação geral sobre o assunto
- Consideração do tipo histórico-filosófico
- Citação
- Comparação
- Uma ou mais perguntas
- Narração

Além destes, outras introduções podem ser empregados de acordo com quem escreve.


- Desenvolvimento:

Na dissertação a persuasão aparece de forma explícita, essa se faz presente no desenvolvimento do texto. É nesse momento que o escritor desenvolve o tema, seja através de argumentação por citação, comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua posição a respeito do que está sendo discutido.

O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras, dependerá das propostas do texto e das informações disponíveis.

- Conclusão:

A conclusão é a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que já foi dito, cabe também a essa parte responder à questão proposta inicialmente, expondo uma avaliação final do assunto.

FONTE: http://www.mundoeducacao.com.br

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

2011– Datas importantes e centenários

O ano que se inicia em breve será marcado pela comemoração de três datas importantes para o mundo em geral. Trata-se dos Anos Internacionais da Química, Florestas e Povos afro-descendentes.

As categorias são: Ano Internacional, Artes e Literatura, Ciência, Personalidade, Música e Cultura, Aventuras e Descobrimentos, finalizando com Esportes.



Além disso, vários centenários de nascimento são especialmente comemorados como o do grande campeão da Fórmula 1, Juan Manuel Fangio. Também é o ano do centenário de Robert Johnson, o músico negro norte-americano que deu o Blues ao mundo.



Não podemos esquecer do centenário do grande compositor Nelson Cavaquinho. Você encontrará um especial sobre ele aqui no Recanto das Palavras, no artigo Em Flor e Espinho Nelson Cavaquinho.

Nas artes e literatura, temos também a comemoração dos centenários de Elisabeth Bishop a escritora e poeta norte-americana que viveu durante vários anos no Brasil. Em 1911 foi lançada a primeira edição de O triste fim de Policarpo Quaresma, um clássico da literatura brasileira. E também nasceu, João Felício dos Santos, o autor de Ganga Zumba, que muitos consideram como o precursor do gênero romance-histórico no Brasil.

Em se tratando de ciências, tanto exatas como humanas, foi em 1911 que Rutherford criou o modelo atômico que hoje conhecemos – os elétrons orbitando um núcleo –, Marie Curie recebeu seu segundo Prêmio Nobel (Química) e nasceu Marshall McLuhann, o filósofo criador de conceitos como o meio é mensagem e aldeia global, que hoje, com a internet temos a verdadeira noção de globalização e fim das distâncias entre os povos.

Vejamos, então, as principais datas e comemorações de 2011.

2011 – Ano Internacional Química


Chemistry 2011 Org Sociedade Brasileira de Química

Florestas Internatioal Year of Forests – ONU

Povos Afro-descendentes

Unic-Rio Centro de Informações das Nações Unidas


Artes e Literatura

Lima Barreto Centenário da primeira edição do livro O triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.


Centenário de nascimento de João Felício dos Santos, autor do livro Ganga Zumba.

Conheça a história
Filme de Cacá Diegues


Em 1911, Vicenzo Peruggia roubou a Monalisa. 100 anos do roubo da Monalisa


Centenário de nascimento de Elisabeth Bishop, poeta e escritora norte-americana, que viveu durante anos no Brasil.


Nascimento de Caribé (1911-1997), pintor argentino/baiano, ilustrou diversos livros de Jorge Amado, conferindo uma identidade para essas obras.



Ciência

Em 1911, Rutherford cria o modelo atômico nuclear, que se parece com um sistema solar, para demonstrar como os elétrons circundam o núcleo de um átomo.
Fundação do Instituo Max Planck para o Progresso da Ciência.
Marie Curie recebe seu 2º Prêmio Nobel, desta vez é o de Química.


Personalidades

Nascimento de Maria Bonita, a primeira mulher a participar do cangaço. Foi a companheira de Lampião.
Marshall McLuchan, filósofo canadense criador dos conceitos de “aldeia global” e “o meio é mensagem.
Nascimento de Joseph Barbera, criador de inúmeros personagens de desenhos animados.


Música e Cultura


Nascimento de Assis Valente, compositor brasileiro de inúmeros sucessos como “Noite Feliz” e “Brasil Pandeiro”

Nascimento de Pedro Caetano, compositor de vários sucessos como “É com esse que eu vou“.

Em 1911, nascia Robert Johnson, aquele que dizem ter vendido a alma ao Diabo numa encruzilhada para aprender a tocar blues. Se é verdade não se sabe. Desde então, o Blues é universal.
Nino Rota, o compositor de grandes sucessos musicais do cinema como os temas de Amarcord e O poderoso chefão, nasceu em 1911.
Centenário de morte de Gustav Mahler, um dos maiores compositores do Romantismo.

Aventuras e Descobrimentos

Amundsen atinge o Polo Sul.
100 anos da descoberta de Machu Picchu.

Esportes

Em 2011, Juan Manuel Fangio, o grande campeão do início da Fórmula 1, completaria 100 anos.
Centenário do 1º Rally de Monte Carlo.

Comemoração dos 100 anos da prova de 500 milhas de Indianápolis.

FONTE:RECANTO DAS LETRAS

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dicas de Redação – Cuidado com o Uso de Expressões Estrangeiras

Quero falar aqui sobre alguns erros e equívocos cometidos por alunos na hora de redigir um texto. Embora seja dirigido à quem prestará o vestibular também pode ser útil por pessoas que fazem da escrita seu ganha pão ou, quem sabe, sua diversão.

Para um bom texto é preciso estar atento à muitos detalhes para não tropeçar e não cair nas armadilhas da língua portuguesa. Aliás é sempre bom lembrar que as universidades exigem textos em Língua Portuguesa, não em francês, inglês, espanhol.

Portanto evite o uso das expressões estrangeiras. Claro, há algumas exceções como palavras que já fazem parte do nosso vocabulário como internet, por exemplo. Mesmo assim é preciso ter cuidado, pois expressões que fazem parte do nosso dia à dia podem não se enquadrar na norma padrão da língua e não ser aceitas.

Na dúvida substitua “e-mail” por correio eletrônico e “internet” por rede mundial de computadores.
(Maximiliano da Rosa)

Redação – Dicas e Cuidado com o Texto

Escrever bem é mais que uma arte. É fruto de muito treino e dedicação. Para dominar a língua nada melhor que ler bastante, também. E ter atenção aos detalhes pode fazer a diferença entre um bom texto e o completo desastre.

Em vestibulares como o da Unicamp onde serão exigidas três redações que representam 50% da nota, acredito que há muita margem para erro. Por isso é preciso estar focado e concentrado no objetivo final.

Policie as palavras. Cuide para não encher o texto de redundâncias. Evite expressões como: subir para cima, sair para fora, cair no chão.

Cuidado com o uso do “que”. Esse é talvez um dos maiores problemas dos textos encontrados por aí. Eu mesmo, muitas vezes, me pego enchendo meus textos com eles.
(Maximiliano da Rosa)

Redação Enem 2010 – Assuntos Atuais e de Interesse Público são Temas Cobrados

Leituras de bons jornais, boas revistas, além de pesquisas em assuntos atuais de interesse público nunca foi tão importante para jovens que pretendem ser universitários.

A cada ano que passa as redações dos principais vestibulares e da prova do Enem tem sido de suma importância nas metas dos estudantes.

Se a internet facilita o acesso a informação, não necessariamente dá conteúdo pleno diante do assunto, portanto, para quem precisa escrever uma boa redação a sedimentação do conteúdo cultural nos dias e provas importantes de hoje se faz singular nos anseios.

Na primeira edição do Enem, nos idos de 1998, o tema foi felicidade, e em 2007, o respeito a diversidade cultural. Ainda dá tempo de se preparar bem. Alguém aí tem idéia do que este ano será proposto como tema?
(Teresa Almeida)